Os 160 mil passageiros que passam diariamente pelas principais rodoviárias do Estado de São Paulo já podem descartar pilhas e eletroeletrônicos sem utilidade da forma correta.
Em parceria inédita, a Green Eletron, gestora nacional para logística reversa desses produtos, e a Socicam, empresa líder no segmento de infraestrutura de mobilidade, iniciaram o projeto que amplia a reciclagem desses materiais, reduz o impacto ambiental e ainda gera emprego e renda para as pessoas envolvidas no processo.
Já na primeira etapa da parceria, quatro terminais rodoviários já foram contemplados. Entre eles está o Terminal Tietê, em São Paulo, maior da América Latina e um dos maiores do mundo, por onde passam 80 mil pessoas diariamente.
Também na capital paulista, os terminais Barra Funda e Jabaquara contam com Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) de pilhas e eletroeletrônicos. Em cada um passam 30 e 20 mil passageiros por dia, respectivamente.
O interior também está contemplado e o terminal de Campinas recebeu o coletor que atenderá os 30 mil clientes diários.
Os coletores desses terminais podem receber pilhas e aparelhos elétricos ou eletrônicos de uso doméstico de pequeno a médio porte. É o caso de celulares, laptops, furadeiras, liquidificadores, impressoras, entre outros.
“Essa é uma parceria muito importante para nós porque amplia nossa presença em ainda mais locais com grande fluxo de pessoas e com a educação ambiental assertiva, pode influenciar os frequentadores a levarem em sua mochila ou bagagem algum produto eletrônico em desuso ou pilhas para descartar corretamente no Ponto de Entrega Voluntária ali instalado. Por ser inédita, ainda não temos dados da média de descarte mensal, mas estimamos que cinco por cento das pessoas que passam pelos terminais utilizarão os coletores”, avalia Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron.
A Green Eletron é responsável pela logística reversa desses produtos e possui em sua rede de parceiros operadores locais, transportadoras e recicladoras em todo o país.
Esse ecossistema integrado executa o processo de reciclagem com separação correta dos componentes dos produtos, como plástico, vidro e metais nobres.
Depois, são encaminhados para as empresas que os reutilizam para a produção de novos produtos, reduzindo o impacto ambiental do descarte incorreto e também da necessidade de extração de matéria-prima virgem para a produção industrial.
Reciclagem de REEE – O lixo eletrônico, REEE ou e-lixo, é um dos desafios da gestão de resíduos em todo o planeta, já que o número de dispositivos desse tipo de material cresce a cada ano.
Além de sobrecarregar os aterros sanitários, os componentes químicos são prejudiciais ao meio ambiente caso sejam descartados e manuseados de forma incorreta, com potencial de contaminação do solo e de cursos d’água.
Também representam um grande desperdício, já que, quando reciclados, eles podem ser convertidos em matéria-prima para diferentes indústrias. Insumos são recursos limitados na natureza e o descarte correto permite o seu reaproveitamento e a diminuição das emissões de CO2.