A logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas começa com o descarte consciente da população. Afinal, o ciclo depende do retorno dos produtos para a indústria, que promove a reciclagem e envia os insumos extraídos novamente para o mercado.
Para que os cidadãos possam fazer a sua parte, existem algumas alternativas que facilitam a iniciativa, como os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs). Um exemplo são os coletores da Green Eletron, espalhados em diversos pontos do país, na maioria das vezes em lojas do varejo.
Mas será que as pessoas conhecem os PEVs?
De acordo com a segunda edição da pesquisa “Lixo Eletrônico no Brasil”, os PEVs estão se popularizando. Neste ano, caiu o número de pessoas que nunca ouviram falar nesses locais de coleta. Hoje são 29% dos entrevistados, e em 2021 eram 33%.
Porém, 25% ainda não se sentem responsáveis pela reciclagem dos resíduos eletrônicos, o que se reflete na adoção do hábito sustentável e no volume recolhido e enviado para a reciclagem: houve uma leve queda dos entrevistados que já levaram itens para os coletores, de 75%, em 2021, para 72%, neste ano.
E por que isso é importante? Por que precisamos da mobilização popular e da participação dos consumidores nessa jornada. Não existe economia circular, logística reversa e reciclagem se os produtos usados não forem descartados corretamente.
A frequência identificada no estudo também preocupa, já que entre as pessoas que já levaram aparelhos aos PEVs, mais de 10% só fizeram isso uma vez na vida, o que é insuficiente comparado à quantidade de eletroeletrônicos e pilhas colocados no mercado e que, consequentemente, em algum momento viram resíduo.
Mais de 8 em cada 10 guardam lixo eletrônico em casa
É isso mesmo! 85% dos entrevistados guardam algum resíduo desse tipo em casa, sem fazer o encaminhamento adequado (e uma grande parte deles, 40%, guarda há mais de um ano).
Os itens campeões são celulares, fones de ouvido, tablets e pilhas. Mas a lista não para por aí. Outros resíduos como chuveiros, microondas, fogões e lavadoras também estão na lista.
Esse comportamento gera um grande desperdício de matéria-prima. Isso porque quando os equipamentos são reciclados, os insumos já extraídos anteriormente da natureza são reaproveitados, o que evita uma nova extração. Além disso, eles não acabam jogados em uma gaveta, sem função, ou no meio ambiente, causando prejuízos.
Não descarte no lixo reciclável ou coleta seletiva
Um quarto dos entrevistados (25%) ainda descarta os resíduos eletrônicos junto com o lixo reciclável (aquele da coleta seletiva), segundo o estudo de 2023. Essa também não é uma prática recomendada, pois os aparelhos podem conter, em sua fabricação, metais com potencial de contaminação (ao descartar junto com demais recicláveis, podem não receber o transporte e tratamento adequado, prejudicando o solo, a água e a saúde humana).
A maior parte dos consumidores ainda não adotou a entrega dos seus aparelhos como um hábito porque não conhecem o assunto. Isso mostra o quanto a conscientização ambiental é importante. Se você quer entender mais, acompanhe o movimento Eletrônico Não é Lixo, presente no Instagram, Facebook e YouTube (além deste blog!).
Se você ainda tem alguma dúvida, vamos lá:
Para descartar seus eletrônicos corretamente, procure um PEV da Green Eletron. Eles estão espalhados em diversas cidades do país! Hoje, já há mais de 10 mil coletores de eletroeletrônicos e pilhas preparados para receber seus equipamentos em desuso ou sem utilidade.
É possível encontrar o mais próximo acessando o localizador (aqui para uma busca dos PEVs exclusivos de pilhas e baterias). Você também pode solicitar um orçamento para uma coleta em casa, serviço que recolhe os itens na sua residência.
Faça sua parte!