O que vem na sua cabeça quando pensa na palavra “lixo”? A definição mais conhecida pela maioria das pessoas é a fornecida pelo Wikipedia: “qualquer material descartado após o uso primário, ou seja, sem valor, defeituoso e sem utilidade”.
Mas sempre é tempo de refletirmos sobre esse significado, especialmente em um momento no qual precisamos entender a urgência de reduzir a nossa geração de lixo.
Para deixar mais claro, só no Brasil, em 2022, cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos foram geradas, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Além disso, a ideia de “jogar fora” está cada vez mais ultrapassada, já que o “fora” não existe. Tudo o que descartamos continua no planeta, causando prejuízos. O estudo explica que quase 40% dos RSU (Resíduos Sólidos Urbanos), acabam em locais inadequados, incluindo lixões e aterros controlados que seguem em operação.
Isso equivale a quase 30 milhões de toneladas, e sabemos que grande parte desse volume poderia ser reaproveitada, voltando ao ciclo produtivo por meio da reciclagem, que evita a extração de matérias-primas desnecessárias na produção.
E por que você deveria prestar atenção nisso? Especialmente porque o descarte inadequado causa muitos prejuízos. Dependendo do tipo de produto (resíduos perigosos), é possível que ele contamine, por exemplo, os lençóis freáticos, causando danos para o meio ambiente e a saúde humana.
No Dia do Catador, 7 de junho, em 2023, grandes empresas, com o apoio institucional de entidades setoriais, criaram o movimento “Juntos pela Reciclagem”, para estimular a conscientização das pessoas sobre como elas se relacionam com o consumo.
A primeira iniciativa foi a atualização do significado do substantivo “lixo” na versão digital do Dicionário Houaiss da Língua Brasileira. A partir de agora, um dos seus significados é: “qualquer material que ainda não pode ser reciclado, reutilizado ou compostado”.
Todas as ações deste tipo ajudam na transformação desse cenário, sendo um importante passo para promover o diálogo entre todos os elos da cadeia de reciclagem. Inclusive você, cidadão e consumidor, que tem a responsabilidade de separar e destinar de forma correta qualquer resíduo gerado que ainda possa ter um novo propósito. Afinal, grande parte do que jogamos fora é reciclável.
Novamente vamos ao que chamamos de lixo eletrônico. Você sabia que todos os resíduos eletrônicos podem ser reciclados? Então, se você tem por aí algum produto que liga na tomada ou usa pilha e bateria, não jogue no lixo comum ou entregue para a coleta seletiva tradicional. Seu dever é levar até um coletor específico para esse fim.
Você pode, por exemplo, procurar um dos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária), como os da Green Eletron, que estão espalhados em diversas cidades do país. São mais de 10 mil coletores de eletroeletrônicos e pilhas preparados para receber seus equipamentos em desuso, garantindo a destinação adequada.
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