Você já ouviu falar da Curva de Keeling? É um índice atualizado diariamente pelo instituto de Oceanografia da Universidade da Califórnia, em San Diego, que mede a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera do planeta. Já nos primeiros dias de 2021, esse índice atingiu 415 ppm (partes por milhão), a maior concentração da história. Esse excesso pode causar graves desequilíbrios ambientais e aumento da temperatura do planeta – segundo uma agência da ONU, os oceanos estão 30% mais ácidos devido ao CO2 na atmosfera, e incêndios florestais causados por altas temperaturas indicam outros efeitos das altas temperaturas.
Um estudo da Ellen MacArthur Foundation indica que 45% das emissões de carbono na atmosfera são causadas pela produção de bens de consumo. Os outros 55% das emissões, segundo a fundação, vem do setor energético, responsável por 33,3 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera do planeta entre 2018 e 2019, de acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia.
Ou seja, mudanças na forma como consumimos – da origem da matéria-prima às perdas energéticas causadas pela produção desses bens – são urgentes. E acredite, o seu computador sem uso, pilhas velhas ou eletrodomésticos sem conserto, se descartados corretamente e reciclados, podem ser úteis nessa lógica.
Nós já conversamos por aqui sobre a mineração urbana, que é a transformação de produtos pós-consumo em novas matérias-primas para a indústria. Esse modelo é a chave para que possamos contribuir com a desaceleração das mudanças climáticas. Isso porque, também segundo a Ellen MacArthur Foundation, 75% de toda a energia gasta pela indústria é consumida apenas na extração e refinamento de matéria-prima tirada da natureza. Esses processos resultam em grandes emissões de CO2 no ar.
Ora, se pudermos obter insumos de outras fontes – como o “lixo eletrônico” reciclado, por exemplo – temos aí uma forma mais sustentável de produzir e consumir, na qual a indústria economiza energia e ainda diminui a emissão de carbono. O impacto da adoção desses hábitos é apenas positivo.
Para não ficar apenas no discurso, precisamos incluir em nosso cotidiano o hábito de separar e descartar responsavelmente o “lixo eletrônico” – ou resíduos eletrônicos, como chamamos por aqui – em Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) credenciados. O trabalho da Green Eletron é recolher esses equipamentos descartados e encaminhá-los para recicladoras homologadas, que garantem a reciclagem dos materiais, dando a eles novos usos na indústria.
E os esforços de quem já incluiu o descarte responsável de eletroeletrônicos em seu cotidiano já começaram a dar resultados. Em 2019, por exemplo, foram recicladas cerca de 47,5 toneladas de plástico (extraído de equipamentos eletrônicos), fazendo com que 69 toneladas de CO2 deixassem de ser emitidas. Atualmente, a Green Eletron tem um total de 600 coletores deste tipo, que se espalham em diversos estados do Brasil.
Nosso objetivo é alcançar o máximo possível de pessoas, democratizando cada vez mais o acesso ao descarte ambientalmente responsável de eletroeletrônicos. Por isso, os pontos de coleta normalmente ficam instalados em grandes centros de compras, lojas, centros culturais e outros locais de fácil acesso para a população e grande circulação. Encontre aqui o PEV mais próximo de você.