Termômetros de mercúrio: onde fazer o descarte correto?

Desde janeiro de 2019, quando entrou em vigor a Resolução 145-2017 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está proibida a fabricação, importação e comercialização de termômetros e medidores de pressão que têm mercúrio em sua composição. A medida faz parte de um compromisso assumido pelo Brasil e outros 140 países na Convenção Minamata, em 2013, onde foram debatidos os riscos do elemento. Consumidores que já possuem um termômetro ou medidor podem continuar utilizando-o.

Termômetros de mercúrio são normalmente feitos de vidro, com o metal armazenado em um bulbo, e costumam ser utilizados para medir a temperatura corporal. O manejo desse tipo de material deve ser feito com muito cuidado, pois qualquer fissura no corpo de vidro pode vazar mercúrio no ambiente, intoxicando o usuário e o ambiente. É de se imaginar, portanto, que esses são objetos que nunca podem ser depositados no lixo comum, porque oferecem riscos ambientais e humanos. 

Caso ocorra contato com o metal, o Disque-Intoxicação da Anvisa oferece soluções rápidas de primeiros socorros. A inalação do elemento pode causar sérios danos aos pulmões, rins e sistema nervoso, além de febre e reações alérgicas. Na natureza, os danos também podem ser graves, já que o descarte de produtos com mercúrio em aterros sanitários pode acarretar a contaminação dos lençóis freáticos.

No caso de fissura ou violação do termômetro, o uso deve ser interrompido imediatamente. Além disso, é importante que o consumidor areje o ambiente onde ocorreu a quebra, abrindo janelas e portas, pois a vaporização do mercúrio pode intoxicar a casa. Usando luvas de proteção, para evitar contato com a pele, o consumidor deve seguir os seguintes passos:

• Recolher os pedaços de vidro, isolando-os em um recipiente resistente, de vidro ou plástico duro
• No caso de vazamento de mercúrio, localizar e reunir as gotas do metal com a ajuda de um papel resistente, como papel cartão ou papelão
• Recolher as gotinhas com a ajuda de uma seringa sem agulha ou conta-gotas, armazenando-as em um outro recipiente resistente à quebra. Cobrir o mercúrio com água, para minimizar a vaporização do metal. E selar o recipiente, identificando-o como resíduos de mercúrio, para conhecimento de quem fará o manejo

Todos esses passos devem ser feitos fora do alcance das crianças. Os recipientes devem ser descartados junto a gestoras que façam a logística reversa de materiais tóxicos, já que essas empresas sabem como fazer o manejo de resíduos tóxicos. Confira aqui onde encontrar o ponto de coleta adequado mais próximo de você. O portal eCycle pede, no entanto, que você entre contato para o ponto antes, para se certificar de que o descarte pode realmente ser feito nele.

Por não se tratar de um resíduo eletroeletrônico, termômetros não constam na relação de materiais que podem ser descartados nos coletores da Green Eletron. Mas incentivamos o descarte responsável de todos os tipos de produtos, por isso alertamos para que o consumidor preste especial atenção a esses equipamentos.

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