O ano de 2021 foi um divisor de águas para a Green Eletron. Com a ajuda de empresas responsáveis e da população que acredita e participa do processo, foi possível concluir o ano com boas notícias no que se refere à reciclagem de aparelhos eletroeletrônicos sem utilidade e pilhas no final da sua vida útil.
A gestora sem fins lucrativos de eletroeletrônicos e pilhas sem utilidade conseguiu recolher e enviar para destinação ambientalmente adequada, no ano de 2021, 878 toneladas de produtos eletroeletrônicos e pilhas. O resultado é o maior desde a fundação da Green Eletron, em 2016.
Todo esse trabalho de coleta possibilitou o reaproveitamento dos materiais sem utilidade, contribuindo para a preservação do meio ambiente e ajudando uma rede de trabalhadores que vivem e dependem da reciclagem.
No programa de eletroeletrônicos, a meta para o ano foi de 600 toneladas, conforme previsto pelo Acordo Setorial firmado em outubro de 2019 e Decreto Federal 10.240/2020 com entidades de todo o setor e o Ministério do Meio Ambiente. A Green Eletron coletou 715 toneladas no período, ou seja, um aumento de 19%.
O Acordo Setorial e o Decreto preveem que as empresas devem, desde 2021, coletar e destinar corretamente o equivalente a 1%, em peso, do que colocaram no mercado em 2018, ano definido como base. Em 2022, a meta sobe para 3% e cresce progressivamente até chegar a 17% em 2025. Para os anos posteriores, o texto deve receber aditivos definindo novas metas de reciclagem e abrangência de coleta.
O programa da gestora exclusivo de pilhas, o Green Recicla Pilhas, também tem o que comemorar. Em 2021, recolheu mais de 163 toneladas de pilhas inservíveis. Os 4.496 PEVs de pilhas disponíveis em 2020, agora já são 7.861 localizados em todos os estados do Brasil.
Em 2021, o número de empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras que se associaram à Green Eletron, chegou a 100. O número de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) de eletroeletrônicos, em parceria com varejo, shoppings, instituições de ensino, entidades, prefeituras e parques, também deu um salto ascendente no último ano: passou de 561, em 2020, para mais de 1.000 atualmente presentes em 13 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e no Distrito Federal.
“Foi um ano desafiador, de muito trabalho, dedicação, mas agora podemos comemorar!”, afirma Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron. Para ultrapassar a meta estipulada pelo governo para o setor, ele explica quais foram as estratégias seguidas. “Apenas com os esforços conjuntos da nossa equipe, das empresas que fazem parte do sistema e principalmente da população, que a cada dia vem se conscientizando mais sobre a importância do descarte correto deste tipo de material, foi possível chegar a esse resultado extremamente positivo. Para 2022, com uma meta três vezes maior, a ajuda da população será ainda mais necessária, porque ela é a parte mais importante dessa cadeia”.
Anualmente, mais de 53 milhões de toneladas de equipamentos eletroeletrônicos e pilhas são descartadas em todo o mundo, segundo o The Global E-waste Monitor 2020. Em cinco anos, os aparelhos descartados cresceram mais de 20% e o Brasil é um dos líderes do ranking, ocupando a quinta posição mundial e a primeira na América Latina. Apenas em 2019, nosso país descartou mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que menos de 3% foi reciclado.
O resultado tão positivo de 2021 se deve a vários fatores. Entre eles, as diversas campanhas de coleta, os já conhecidos “drive-thrus do lixo eletrônico”, realizadas pela gestora em parceria com prefeituras e empresas de diversos segmentos.
Ao todo, somente no ano passado foram 213 ações como essa, que mobilizaram populações das pequenas cidades do interior às principais capitais brasileiras.
Outra ação importante durante o ano e que contribuiu para ajudar a conscientizar os consumidores e principalmente, a entender a mentalidade do brasileiro sobre a temática do lixo eletrônico, foi a produção e divulgação da pesquisa “Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021”.
A Green Eletron é mantida por empresas associadas que financiam toda operação de coleta, transporte, desmontagem e reciclagem dos produtos descartados pelos consumidores, transformando seus materiais em novas matérias-primas para a indústria, além de reportar para as autoridades o cumprimento das metas assumidas. Outro objetivo da organização é realizar campanhas de conscientização e educação ambiental não formal e, por isso, fundou o Movimento Eletrônico Não é Lixo em 2020.