A edição de 2024 da pesquisa The Global E-Waste Monitor, realizada pela Universidade das Nações Unidas, destaca que o volume de lixo eletrônico gerado no mundo aumentou 82% no período entre 2010 e 2022, atingindo um recorde histórico.
Não é novidade que o mundo enfrenta um problema sério quando falamos de resíduos sólidos. Neste cenário estão os itens eletrônicos, que podem causar danos irreversíveis ao meio ambiente quando não são descartados de maneira correta (e mandar para a coleta seletiva não é a solução).
Então, vamos aos números: a produção de lixo eletrônico em 2022 foi de 62 bilhões de quilos! Para ilustrar essa quantidade, imagine uma fila de 1,5 milhão de caminhões, todos eles lotados com esses itens. Essa extensão seria longa o bastante para dar a volta ao redor da linha do Equador. Impressionante e assustador, né?
E existem diversos fatores que contribuem para esse aumento, como a venda de produtos com a vida útil cada vez mais curta, a rápida evolução tecnológica, a decisão de jogar fora antes de tentar consertar um aparelho danificado, entre outros. Isso tudo acaba levando à troca dos dispositivos – e o descarte dos antigos – com mais frequência.
O Brasil é um dos maiores produtores desse tipo de resíduo no mundo, segundo o levantamento da ONU. No recorte das Américas, o país está na frente do México (1,5 milhão de tonelada) e Canadá (770 mil toneladas).
Para tentar diminuir os problemas causados pelos produtos descartados no território brasileiro, temos, desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que incentiva o reaproveitamento de resíduos, incluindo os eletroeletrônicos.
Essa legislação promove a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e poder público, com diretrizes importantes, como educação ambiental e logística reversa. Afinal, são medidas que ajudam a sociedade a aperfeiçoar a reciclagem, diminuindo o impacto ambiental negativo.
O volume enorme de resíduos eletrônicos e a baixa reciclagem dos produtos trazem consequências ambientais graves. Isso porque muitos desses dispositivos, principalmente os mais antigos, têm metais pesados e substâncias tóxicas em sua composição, como mercúrio, chumbo e lítio. Eles podem contaminar o solo, a água e o ar, quando descartados de maneira inadequada, e levar problemas para a saúde humana.
E o que podemos fazer? Do ponto de vista das empresas que produzem materiais eletrônicos, além de cumprir o que a lei pede (logística reversa), que tal adotar práticas de design sustentável? É uma forma de facilitar a reciclagem e a reutilização de componentes.
E para todos nós, cidadãos e consumidores, não devemos acumular eletroeletrônicos parados em casa. Se um aparelho parou de funcionar, não é mais utilizado ou foi substituído por um novo, precisamos dar o destino certo, ok?
Procure um dos PEVs (Ponto de Entrega Voluntária), da Green Eletron, próximo da sua casa. Você pode pesquisar o local mais próximo para descarte de eletrônicos aqui, ou aqui, para pilhas e baterias.
E não é só isso, viu? Também podemos levar as informações sobre a importância desse tema adiante, para amigos, colegas e familiares, ampliando a conscientização e a coleta dos resíduos. Um canal interessante para dividir é o movimento Eletrônico Não é Lixo.
Que tal adotarmos hábitos de consumo consciente em relação ao lixo eletrônico? Lembre-se de que pequenas atitudes podem gerar grandes mudanças.
Saiba mais aqui:
2 Comentários
JOSEANE
COMO ADQUERIR UM COLETOR E JUNTAR PARCERIA COM EMPRESAS.
Green Eletron
Olá, Joseane. Para se tornar um Ponto de Entrega Voluntária é preciso preencher o cadastro disponível em https://greeneletron.org.br/cadastro-parceiro – Destacamos que o preenchimento das informações não garante instalação imediata do coletor, mas ajuda nosso time a mapear as possibilidades.