Logística Reversa
Entidades gestoras de logística reversa: por que elas são importantes para um Brasil mais sustentável?
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Você já parou para pensar o que acontece com os produtos depois que eles deixam de ser úteis? Celulares, notebooks, pilhas, lâmpadas, embalagens de defensivos agrícolas e medicamentos vencidos, todos têm algo em comum: precisam de um destino ambientalmente correto.
E é justamente nesse ponto que entram as entidades gestoras de logística reversa, responsáveis por estruturar sistemas coletivos que tornam possível o descarte adequado de milhões de toneladas de resíduos em todo o país.
Essas organizações vêm ganhando destaque no cenário da sustentabilidade, especialmente diante de uma mudança importante no comportamento da sociedade e de notícias cada vez mais alarmantes sobre as emergências climáticas. Pensando nisso, organizamos este artigo para te explicar o que são as entidades gestoras de logística reversa e qual o seu papel. Veja mais abaixo!
O que são entidades gestoras de logística reversa?
As entidades gestoras são organizações criadas para viabilizar e coordenar sistemas coletivos de logística reversa. Elas reúnem empresas de diferentes segmentos – fabricantes, importadores, distribuidores e varejistas – com o objetivo de estruturar e operacionalizar a coleta, o transporte e a destinação ambientalmente correta de produtos e/ ou embalagens após o uso.
Na prática, essas entidades funcionam como o elo entre a responsabilidade compartilhada prevista em lei e a implementação efetiva das ações. São elas que articulam os diversos atores da cadeia, criam pontos de coleta, contratam operadores logísticos e operadores de manufatura reversa, e garantem a rastreabilidade dos resíduos até a sua reciclagem e reinserção no ciclo produtivo.
Além da questão ambiental, vale destacar que a gestoras podem somar positivamente à reputação das suas empresas associadas e parceiras. Segundo a pesquisa “Resíduos Eletrônicos no Brasil 2025”, realizada pela Green Eletron em parceria com a Radar Pesquisas, 85% dos brasileiros valorizam marcas que investem em logística reversa. Ou seja, além de proteger o meio ambiente, empresas que adotam práticas ambientais concretas conquistam a confiança dos consumidores.

Por que as entidades gestoras de logística reversa são importantes para o meio ambiente?
No Brasil, a logística reversa está presente em diferentes setores: eletroeletrônicos, pilhas e baterias, embalagens em geral, pneus, óleos lubrificantes e medicamentos são alguns exemplos. Cada setor possui suas próprias particularidades e desafios, mas todos compartilham o mesmo propósito: garantir que os resíduos sejam recolhidos e destinados com segurança e responsabilidade.
Entre as referências nacionais nesse tema estão entidades como o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que há mais de duas décadas coordena a devolução de embalagens de defensivos agrícolas, e a Green Eletron, responsável pela logística reversa de eletroeletrônicos, pilhas e baterias há 9 anos.
Ao promover a reciclagem e a economia circular no agronegócio, o inpEV contribui para a sustentabilidade, a conservação ambiental, a segurança do solo e da água, a redução de CO2 na atmosfera e a proteção da saúde humana.
Já a Green Eletron atua desde 2016 como a principal entidade gestora da logística reversa de eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis no país. Com mais de 1.300 cidades atendidas e 20 mil toneladas de resíduos eletrônicos recolhidas e destinadas, ela vem ampliando o acesso da população aos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e consolidando um modelo de governança ambiental baseado em rastreabilidade, transparência e eficiência.
Como elas fortalecem a economia circular?
As entidades gestoras têm um papel estratégico na economia circular, modelo em que os recursos extraídos da natureza, os produtos e os materiais que o compõem são mantidos em uso pelo maior tempo possível. Em vez de descartar, reaproveita-se. Em vez de extrair, recicla-se. Essa lógica cria oportunidades econômicas, fomenta a inovação e gera empregos em toda a cadeia de reciclagem.
A recuperação de metais e outros insumos a partir de resíduos é um exemplo concreto de como o descarte correto pode se transformar em um novo ciclo produtivo, diminuindo o impacto ambiental e ampliando o potencial econômico de materiais que antes eram vistos apenas como lixo.
Para fins de exemplo, uma pesquisa da Ambipar aponta que o avanço na economia circular poderia injetar R$ 11 bilhões por ano, com a utilização dos materiais não aterrados, e gerar cerca de 240 mil novos empregos até 2040. Um potencial e tanto, não é mesmo?
Um compromisso que depende de todos nós
As entidades gestoras, como a Green Eletron e o inpEV, mostram que a sustentabilidade é uma responsabilidade compartilhada e o sucesso da logística reversa depende da participação ativa de cada cidadão. Separar corretamente os resíduos e levá-los a pontos de coleta é uma atitude simples, mas que tem grande impacto ambiental e social.
Se você tem celulares, notebooks, cabos, pilhas ou outros equipamentos eletrônicos sem uso, faça o descarte correto.
Acesse o localizador da Green Eletron e encontre o ponto de coleta mais próximo. Pequenas ações individuais ajudam a construir um Brasil mais limpo, circular e sustentável.


