Já faz mais de uma década que nasceu a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), mas a discussão mais aprofundada sobre a destinação correta de eletroeletrônicos de consumidores domésticos, que não possuem mais utilidade se intensificou em 2019, quando o Acordo Setorial foi assinado e aqueceu ainda mais nos últimos meses, pois as metas de coleta e reciclagem começaram a valer em janeiro de 2021.
As empresas fabricantes, distribuidoras, importadoras e comerciantes de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico e seus acessórios, estão listadas como responsáveis pela implementação do sistema de logística reversa (LR). Cada uma deve escolher um caminho para implementar o seu sistema e garantir a reciclagem dos itens que colocam no mercado. Isso pode ocorrer de forma individual ou coletiva, por meio de uma entidade gestora.
Quando a questão fica complexa e desafiadora para ser realizada em um sistema próprio, o caminho é buscar um meio conjunto, que simplifique e viabilize economicamente a tarefa, mas entregue resultados assertivos tanto para as empresas quanto para os consumidores.
Vale ressaltar que, mesmo mais avançada, a legislação sobre a logística reversa de pilhas também segue a mesma lógica.
Mas o que uma empresa deve avaliar quando estiver escolhendo uma entidade gestora de logística reversa para resíduos eletrônicos?
Primeiramente, verifique se sua empresa enquadra-se como fabricante, distribuidora, importadora de produtos eletroeletrônicos e seus acessórios, que serão utilizados por consumidores domésticos.
Caso se enquadre, se sua empresa optar por buscar uma gestora de LR, é importante considerar alguns pontos específicos, que vamos falar a seguir. Vale lembrar que, segundo a lei 12.305/2010, “a contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos”.
Mas não podemos esquecer que além de ser uma responsabilidade legal, é também uma necessidade. O mundo está passando por um momento de excessos, do consumo ao descarte. Portanto, promover a reciclagem é incentivar a economia circular, evitando a exploração de matérias-primas que podem ser recuperadas pela própria indústria para suprir essa demanda ao mesmo tempo que diminui o uso de energia e emissões de CO2.
O que faz uma gestora de logística reversa?
Ela tem o papel de conectar as pontas e fazer a engrenagem da cadeia girar, por meio da implementação e da operacionalização de um sistema de logística reversa eficiente e que seja capaz de promover o processo para o cumprimento da legislação, unindo todas as pontas.
Veja 8 pontos que devem ser levados em conta para escolher corretamente
1 – Segurança: o sistema escolhido deve ser auditado por uma empresa independente, com excelência operacional e equilíbrio financeiro;
2 – Acesso: a gestora precisa ter parceiros no varejo, que garantam capilaridade e uma expansão adequada ao sistema de LR;
3 – Rastreabilidade: é necessário garantir que o sistema é totalmente rastreável, desde coleta até a destinação final de todos os materiais;
4 – Processamento: escolha uma gestora que garanta a desmontagem segura dos equipamentos, para que não leve prejuízos à força de trabalho envolvida;
5 – Comunicação: opte por uma companhia que se comunique com os stakeholders de maneira eficiente, pois o sucesso das coletas depende de um sistema recheado de informações, tanto para as empresas, quanto para os consumidores;
6 – Sustentabilidade econômica: é preciso haver total capacidade da gestora garantir que seu sistema é economicamente sustentável, pois a operacionalização do sistema de LR depende disso;
7 – Rede: confira se a rede de prestadores de serviços qualificada segue critérios ambientais, sociais e econômicos bem definidos;
8 – Representatividade: não esqueça de verificar se ela está alinhada às agências ambientais, Ministério do Meio Ambiente e Ministério Público, o que vai garantir segurança jurídica às empresas.
A Green Eletron é uma gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas que está presente em todo o território nacional, com Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) espalhados em diversas redes de varejo, para o descarte de consumidores domésticos Ela é a única entidade gestora signatária do Acordo Setorial Federal para logística reversa de eletroeletrônicos, possui alguns Termos de Compromisso estabelecidos em estados e também gerencia o programa de logística reversa de pilhas. Para saber mais, visite o site.