Conforme determinado pelo Acordo Setorial e o Decreto Federal nº 10.240/2020, que estipulam metas para fabricantes, importadores, distribuidores e o varejo na questão da coleta e reciclagem de aparelhos eletroeletrônicos de uso doméstico, as empresas devem começar a se adequar o quanto antes. Já em 2021, elas devem recolher o equivalente, em peso, a 1% do que foi colocado no mercado em 2018, ano definido como base.
O documento, porém, permite que as empresas escolham o modelo de sistema de logística reversa que eles querem implementar: coletivo ou individual. A principal diferença são os custos. Em qualquer um dos casos, é preciso criar uma malha de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) nas cidades acima de 80 mil habitantes, coletar, transportar, reciclar os eletroeletrônicos descartados e reportar ao governo seu atendimento às metas estabelecidas. Também é imprescindível ter uma estratégia de comunicação para os consumidores com o objetivo de conscientizá-los sobre a importância do descarte correto do lixo eletrônico, assim como instruí-los sobre como deve ser feito.
No sistema individual, a empresa deve implementar cada uma das etapas e arcar com os gastos individualmente. No coletivo, como é o caso da Green Eletron, os custos são divididos entre as empresas associadas e a gestão do sistema é responsabilidade da entidade gestora.
Mas efetivamente quanto custa para aderir ao sistema de logística reversa da Green Eletron? O cálculo das mensalidades é feito antes da adesão da empresa à entidade gestora. Os valores podem ser diferentes para cada associada com base em alguns fatores. Saiba abaixo quais são eles.
Custos administrativos e de investimentos em estrutura
Salário dos funcionários, viagens, representação, comunicação, questões jurídicas e de contabilidade, aluguel, entre outras despesas administrativas, e os investimentos em infraestrutura, como a instalação de novos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), são divididos igualmente entre os associados. A Green Eletron é uma gestora sem fins econômicos, então 100% dos gastos são revertidos em serviços prestados aos associados.
Transporte dos produtos descartados
O transporte dos aparelhos descartados pelos consumidores nos PEVs até os centros de reciclagem homologados da Green Eletron respeitam as regras simples do frete: peso X distância. O valor das mensalidades começam a mudar com base na quantidade em peso de produtos colocados no mercado por cada empresa associada.
Tipos de produtos colocados no mercado nacional
O outro fator na equação do cálculo das mensalidades é o tipo de produto. Alguns custam mais para serem reciclados devido ao seu nível de complexibilidade para a desmontagem e necessidade da utilização de tecnologias específicas, outros utilizam matérias-primas de baixo valor agregado, como plásticos de menor qualidade, o que gera um menor retorno.
Dessa forma, a quantidade de produtos colocados no mercado, em peso, tem uma relevância para o custo final da mensalidade, pois quanto mais se vende, mais se tem que coletar. No entanto, o tipo do produto também influenciará nesta métrica, pois exigirá mais ou menos recursos para o processo de desmontagem e reciclagem.
Levando esses pontos em consideração é possível tornar o sistema de logística reversa de eletroeletrônicos de uso doméstico mais justo e barato para todos.