As políticas ESG vem ganhando espaço no universo corporativo e cada vez mais empresas investem recursos em sustentabilidade. Porém, os interesses de muitas organizações ainda não estão alinhados com os de possíveis investidores.
A principal diferença entre esses grupos são as opiniões sobre o investimento a longo prazo. Embora ambos vejam com bons olhos as políticas de sustentabilidade nesse prazo, há uma certa divergência quando o assunto é abrir mão do lucro próximo, um ponto de atenção, já que muitas vezes os resultados dessas ações não são imediatos.
De acordo com a pesquisa EY Global Corporate Reporting and Institutional Investor Survey, 78% dos investidores pensam que as companhias devem investir em ESG, mesmo que isso diminua os ganhos próximos. Por outro lado, apenas 55% das empresas compartilham dessa opinião.
Relatórios ESG: mostrar mais e melhor
Além disso, o estudo mostra que aqueles que investem sentem que há muito espaço para melhorar os relatórios corporativos que mostram os resultados das iniciativas, de forma mais detalhada e transparente.
A divulgação dos dados, tanto financeiros quanto socioambientais, é muito importante para entender e avaliar o desempenho e as possibilidades de crescimento da empresa. Mas não é este o único ponto positivo da apresentação dos resultados. Quando feito da forma correta, ajuda a criar confiança nos públicos envolvidos no negócio.
Como existe essa diferença entre as expectativas, de um lado, e a entrega de resultados, do outro, o estudo também traz uma análise do que pode ser feito para melhorar esse cenário. O principal passo para fortalecer a confiança depende de uma mudança de pensamento.
É preciso que as empresas reconheçam e compreendam a necessidade de aperfeiçoar a mensuração dos resultados das suas iniciativas socioambientais, trazendo informações relevantes, transparentes e compreensíveis.
Isso traz vantagens também para a prestação de contas e a comunicação externa, já que os clientes e consumidores estão cada vez mais interessados nas marcas responsáveis pelo seu impacto no mundo. A Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2022, do Instituto Akatu, traz dados importantes neste sentido.
A EY elenca alguns pontos que devem ajudar na construção de bons relatórios:
O ESG no setor de eletroeletrônicos e pilhas
Falando de produtos, especificamente, um dos principais pontos do ESG é a geração dos resíduos sólidos, desafio presente em todos os setores.
Se o seu negócio faz parte do setor de eletroeletrônicos ou pilhas, você já deve ter ouvido falar do Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos. Ele foi criado para ajudar na resolução dos desafios da reciclagem de lixo eletrônico, com diretrizes e metas.
Algumas das exigências são a criação de um cronograma anual de implementação da logística reversa e um plano de conscientização dos consumidores, além, é claro, dos relatórios anuais de acompanhamento.
De acordo com a legislação, as organizações podem escolher entre sistemas próprios ou coletivos, por meio das entidades gestoras, como a Green Eletron. No segundo formato, as companhias podem reduzir custos e simplificar a parte burocrática, o que facilita na implementação e execução do processo.
Fica aqui o nosso convite: seja protagonista da mudança para um futuro corporativo mais sustentável! Todos saem ganhando: os profissionais, as empresas, os investidores, as pessoas e o planeta.