E-lixo, resíduos de equipamento eletroeletrônico (REEE) ou lixo eletrônico. Todos esses termos se referem à mesma coisa: produtos elétricos e eletrônicos quebrados, danificados ou sem utilidade por algum motivo e pilhas descarregadas que devem ser descartados.
Na maioria das vezes esses produtos são jogados no lixo comum ou ficam esquecidos em alguma parte da casa, porém eles podem ser reciclados, ou seja, podem ser transformados em outras matérias-primas em vez de ser colocados em aterros sanitários.
Geralmente, os componentes dos aparelhos elétricos e eletrônicos são feitos de plástico, vidro, metais, entre outros materiais. No processo de reciclagem, os equipamentos descartados pela população são desmontados e as partes transformadas em matéria-prima para a indústria.
Uma das vantagens do processo de reutilização é que diminui-se a extração desses elementos da natureza, economizando recursos. O processo de extração de matéria-prima a partir de eletroeletrônicos sem uso é chamado de mineração urbana.
Algumas categorias são utilizadas para delimitar os tipos de lixo eletrônico. Essa divisão é feita porque os equipamentos têm configurações de tamanho, manuseio e aplicação diferentes. As categorias são:
Saiba o que pode ser descartado nos coletores da Green Eletron.
Resíduo não é lixo. Por quê?
Em uma instrução normativa publicada em novembro de 2019, o Ibama deixou claro que o termo “rejeito (ou lixo) eletrônico” refere-se apenas a equipamentos que “depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, incluídas a desmontagem, a descaracterização e a reciclagem, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”.
Ou seja, o mais correto seria chamarmos de lixo eletrônico apenas os materiais que não poderão mais ser reciclados e que não têm mais utilidade.
Porém, nós como sociedade acabamos popularizando, nas nossas discussões sobre o tema, o termo “lixo eletrônico” como todas as pilhas, baterias, celulares, cabos, impressoras, liquidificadores, etc, que estão usados e não possuem mais utilidade e de alguma forma, acabamos mantendo guardados ou jogamos fora de forma inconsciente.
Entretanto, quando fazemos o descarte e o encaminhamento correto destes itens, eles podem ser convertidos em matéria-prima para a indústria ou reutilizados em outras atividades.
Por isso, o melhor seria chamarmos de “resíduos eletrônicos”. É uma correção bem-vinda, uma vez que a palavra “lixo” impõe uma barreira semântica às possibilidades econômicas e ambientais que os resíduos eletrônicos nos oferecem.
Entender a diferença gritante entre lixo/rejeito e resíduos representaria um passo importante em direção a um modo mais sustentável de viver. Se percebermos e aceitarmos que um aparelho de som velho, por exemplo, é muito mais um resíduo valioso com possibilidade de reutilização a partir da reciclagem do que um simples rejeito a ser jogado fora, conseguiremos internalizar com mais eficiência uma cultura de reciclagem e menos poluição.
Isso é um mito. Diferente do que se pode pensar, nem o manuseio nem o armazenamento de aparelhos elétricos e eletrônicos são perigosos. Para entender como, é só acompanhar a seguinte lógica: se o equipamento não oferecia risco durante sua vida útil, continua inofensivo depois de desativado. E, se você transportava esse aparelho sem medo de se contaminar, não seria diferente depois que o mesmo parou de funcionar.
Os riscos de contaminação a partir de aparelhos eletrônicos estão muito mais associados a processos de reciclagem feitos de forma incorreta do que ao produto em si.
O desmonte dos aparelhos nunca deve ser feito em casa, já que existem técnicas e normas especiais para que esse trabalho seja feito com segurança, por profissionais qualificados, como os que trabalham com a Green Eletron.
No caso das baterias de lítio para celulares e notebooks, por exemplo, mantenha-a dentro da carcaça do produto. O mesmo pode ser dito sobre o motor de um liquidificador ou de uma máquina de lavar roupas.
Caso você só tenha a bateria de lítio para descartar, recomenda-se que embale essa bateria em um envelope, plástico ou dentro de uma caixa. Esse componente não deve ser descartado livremente dentro dos coletores, uma vez que pode reagir em contato com demais produtos e materiais.
Diferente do que se pode pensar, o desmonte não facilita o trabalho das recicladoras e pode ser perigoso quando feito em casa. Para o descarte, pilhas e baterias portáteis podem ser embaladas soltas em sacos plásticos, enquanto que os equipamentos maiores devem ser depositados inteiros no coletor.
Você pode estar se perguntando sobre o que fazer com os aparelhos eletroeletrônicos ou pilhas que você mantém em alguma parte da sua casa, escondidos, sem saber muito bem o que fazer com eles. Saiba que existem dois caminhos por meio dos quais a população consegue descartá-los com responsabilidade.
Um desses é a devolução ao fabricante. Muitas marcas mantém pontos de recebimento destes aparelhos, em que seus produtos já sem uso podem ser depositados, com a garantia de que serão encaminhados para um sistema de logística reversa.
Isso é, inclusive, previsto na Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Nº 12.305), que determina que é de responsabilidade do fabricante destinar corretamente o montante de resíduos criado por seus produtos.
Outro caminho a seguir é depositar em pontos de descarte instalados por gestoras da logística reversa de eletroeletrônicos que, atualmente, tem representado grande parte das marcas fabricantes e importadoras de produtos eletroeletrônicos e farão todo o trabalho de transporte, manejo e reciclagem dos resíduos.
Grandes redes varejistas como a Via Varejo, companhia responsável pelas operações das redes Casas Bahia e Ponto Frio, são parceiras da Green Eletron e se comprometeram com a instalação de PEVs em suas lojas. A parceria com a Via começou em dezembro de 2019, com 32 PEVs instalados em lojas da rede no estado de São Paulo, depois expandindo-se para 469 pontos em 18 estados e no DF.
E não para por aí, ainda fazem parte desse time as redes:
Outras grandes marcas também se comprometeram com o programa Green Recicla Pilhas, instalando coletores para esses produtos em suas lojas. É o caso do Grupo DPSP (Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco), Grupo RD (Droga Raia e Drogasil), Grupo Pão de Açúcar, da rede de papelarias Kalunga, entre muitas outras.
Confira aqui as marcas que fazem parte do sistema coletivo da Green Eletron e garantem a reciclagem de seus aparelhos após o consumo.
Encontre o ponto de coleta de eletrônicos mais próximo de você.
Pode-se dizer que o “lixo eletrônico” é, entre outras coisas, uma consequência do mundo tecnológico em que vivemos. Com novos aparelhos, funcionalidades e gadgets surgindo a uma velocidade muito maior do que há 20 anos, estamos consumindo muitas novidades e descartando o que se tornou obsoleto, ou parou de funcionar.
Um caminho possível para dar o primeiro passo em direção a uma vida mais sustentável é o consumo consciente, ou seja, “uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta”.
Isso significa que qualquer consumo é tido como consciente, desde que haja uma reflexão do impacto gerado pela nova aquisição – positivo ou negativo – no meio ambiente, nas relações sociais e até mesmo em suas finanças.
Atualmente, o Brasil é o País que mais descarta aparelhos eletroeletrônicos e pilhas na América Latina e o quinto do mundo! Veja o ranking completo aqui.
No Brasil, estima-se que jogamos fora mais de dois milhões de toneladas de aparelhos eletroeletrônicos (celulares, liquidificadores, computadores, fones de ouvido, adaptadores de tomada, etc) e pilhas. Menos de 3% disso é reciclado, atualmente. E ainda assim, muitos aparelhos podem estar esquecidos dentro das casas, porque as pessoas não sabem onde descartar de forma correta.
De acordo com a pesquisa inédita “Resíduos Eletrônicos no Brasil” produzida em 2021 pela Green Eletron em parceria com a Radar Pesquisas, a maioria dos brasileiros (quase 90%) guarda algum tipo de eletroeletrônico sem utilidade em casa, sendo que 30% por mais de um ano.
A pesquisa também apontou que os jovens possuem maior desconhecimento sobre o que é lixo eletrônico. Separando pelas faixas etárias, 14% entre 18-25 anos não souberam responder, contra apenas 5% e 3% entre 26-45 anos e 46 e 65 anos, respectivamente.
Outro dado que chama a atenção é sobre os eletroeletrônicos mais descartados pelos brasileiros. Segundo a pesquisa, os itens mais descartados por nós são pilhas e eletroeletrônicos de pequeno porte. Os eletroeletrônicos grandes, como fogões, geladeiras, máquinas de lavar, que ocupam mais espaço, também tendem a ficar menos de 1 mês nas residências.
Do outro lado, os eletroeletrônicos que os brasileiros mais guardam em casa são celulares e smartphones (72%), seguidos por telefones fixos, modems, roteadores, tablets e notebooks, lembrados por 48% dos entrevistados.
Por fim, a pesquisa também apontou que, dos itens que as pessoas mais descartam corretamente, pilhas e baterias (66%) e celulares e smartphones (58%) são os principais.
Mundialmente, foram cerca de 55 milhões de toneladas produzidas em 2019 – cerca de 7,3 quilos para cada habitante do planeta, de acordo com dados da edição de 2020 do Global E-Waste Monitor – relatório publicado por uma agência da ONU, que investiga como temos administrado anualmente os eletroeletrônicos descartados pela população.
Deste montante, aproximadamente apenas 20% é reciclado. Isso indica não só que estamos desperdiçando os recursos de matéria-prima que a reciclagem de eletrônicos nos proporciona, mas também alerta para a quantidade de lixo que está sendo depositado em aterros sanitários ou na natureza, onde os efeitos podem ser negativos.
Quando descartado na natureza, metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que fazem parte da composição de alguns produtos elétricos e eletrônicos, podem entrar em contato com o solo, penetrando-o até poluir lençóis freáticos e, consequentemente, a água que consumimos.
Além disso, resíduos eletrônicos depositados em aterros lotam ainda mais esses locais uma vez que metais, plástico e vidro demoram muito para se decompor e diminuem a sua vida útil.
Em 2020, para ajudar a conscientizar e mobilizar a população brasileira sobre a importância do descarte ambientalmente correto e reciclagem de aparelhos eletroeletrônicos, a Green Eletron criou o movimento Eletrônico Não é Lixo.
Por meio dele, ações têm sido realizadas em diversas esferas, com campanhas de coleta no Metrô de São Paulo e com algumas prefeituras do país, movimentações nas redes sociais, dicas de descarte e as conquistas no processo de coleta de eletrônicos do Sistema de Logística Reversa da Green Eletron com o envolvimento crescente da população e colaboradores – com a participação, inclusive, de influenciadores de médio e grande porte – e um e-book didático sobre o assunto.
Para conhecer mais sobre o movimento, acesse nosso instagram e facebook. Assista também todo o material disponível no Youtube da Green Eletron.
O descarte correto de aparelhos eletroeletrônicos e pilhas, que encaminha os resíduos para uma nova vida útil, pode ter enorme impacto sócio-ambiental. A começar pelos benefícios econômicos da reciclagem.
Muito comumente, equipamentos eletroeletrônicos têm metais nobres em sua composição. Ou seja, é possível extrair prata, cobre, zinco e até mesmo ouro dos resíduos. Dados da StEP (Solving the E-waste Problem) – uma organização da Universidade das Nações Unidas (UNU), criada para pensar soluções para os problemas acarretados por resíduos eletrônicos – uma tonelada de celulares usados pode conter 3,5 kg de prata, 130 kg de cobre e 340 gramas de ouro.
Mais de 60 elementos podem ser usados na produção de aparelhos eletrônicos. Veja na imagem quais estão presentes nos componentes dos celulares.
Outras estimativas apontam que já desperdiçamos 7% do ouro disponível no mundo por não aproveitar o potencial da reciclagem. Metais ferrosos e não-ferrosos fazem parte da composição de alguns equipamentos e também deixam de ser aproveitados.
Esses metais são usados como matéria-prima na indústria e sua extração da natureza, além de finita, gasta muita energia. Um estudo da Ellen MacArthur Foundation apontou que 75% de toda a energia gasta na indústria é usada na extração e refinamento de matéria-prima. Imagine a economia que seria feita caso esses insumos, ao invés de extraídos, fossem reaproveitados.
Além disso, o tratamento aplicado nos insumos recém extraídos é responsável pela emissão de gases CO₂ na atmosfera, responsáveis pela potencialização do efeito estufa. Fazendo a reciclagem destes produtos que são cheios de diferentes materiais, portanto, você contribui com o freamento do aquecimento global.
Avaliação do Ciclo de Vida
Para identificar os impactos e benefícios ambientais da reciclagem de resíduos eletrônicos, a Green Eletron, em parceria com a consultoria ACV Brasil, desenvolve anualmente um estudo que aponta os aspectos e impactos ambientais (positivos e negativos) ao longo da vida de um produto ou serviço, desde a extração da matéria-prima até a destinação final.
A ACV, ou Avaliação do Ciclo de Vida, identificou as consequências ambientais da logística reversa do lixo eletrônico para o meio ambiente sobre a atuação da Green Eletron entre 2019 e 2021.
Para se ter uma ideia, a gestora coletou 1.128 toneladas de eletroeletrônicos. Foram recuperados do interior dos resíduos elétricos e eletrônicos, 248 toneladas de plástico, 421 toneladas de ferro, 77 toneladas de cobre, 54 toneladas de vidro, entre outros.
A reciclagem dos produtos eletroeletrônicos recolhidos nesse período também contribuiu para que fosse evitado o consumo de 25,6 mil metros cúbicos de água, o que seria comparado ao consumo de 457 pessoas durante um ano no nosso país. Também foi possível evitar o consumo de 666,5 toneladas de óleo diesel e as emissões de 2.083 toneladas de CO2, o que equivaleria às emissões anuais de 335 pessoas no Brasil.
Além disso, o descarte correto de eletroeletrônicos também é vantajoso na esfera social, uma vez que a reciclagem desses materiais exige mão-de-obra especializada, criando postos de trabalho.
Quais são os modelos de pilhas aceitas nos coletores da Green Eletron?
Assim como os outros aparelhos eletroeletrônicos quebrados ou sem utilidade, as pilhas também são consideradas resíduos eletrônicos e devem ser descartados em locais específicos para possibilitar a sua reciclagem.
Confira abaixo as diferenças entre elas e quais são os modelos aceitos nos coletores da Green Eletron:
As pilhas são capazes de transformar energia química em elétrica, possibilitando o funcionamento de muitos dos aparelhos eletroeletrônicos que temos em casa, como rádios, relógios, controle remoto e até brinquedos. Mas você sabe quais pilhas usar em cada um deles?
Como é a reciclagem de eletroeletrônicos e pilhas
Você já parou para pensar como acontece a reciclagem do lixo eletrônico após o seu descarte ambientalmente correto?
De um único aparelho é possível retirar plástico, vidro, cobre, metais preciosos como ouro e prata, papel e muitos outros que voltam para a cadeia produtiva para a fabricação de novos produtos.
Vamos conhecer um pouco mais sobre como é o processo de reciclagem de eletroeletrônicos no sistema da Green Eletron.
Chegada dos itens descartados na recicladora
A Green Eletron conta hoje com oito recicladoras de lixo eletrônico no Brasil. Todos os itens descartados nos coletores são transportados para essas empresas que passaram por um minucioso processo de homologação.
Os eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis sem utilidade, ou o chamado lixo eletrônico, chegam nas instalações em big bags, caixas de papelão ou em bombonas plásticas.
Triagem
Os produtos que chegam passam por uma separação. A equipe que participa do processo realiza a triagem em que os eletrônicos, de acordo com suas especificidades, são separados das demais impurezas. Cada material terá a sua destinação correta, mas serão processados em grupos diferentes.
Para a reciclagem de pilhas, elas são separadas e transportadas para a Nexa Resources, que faz o reaproveitamento do zinco e dá a destinação ambientalmente correta para os demais materiais.
Trituração e separação
Após a triagem, uma máquina de última geração faz automaticamente a trituração e separação dos materiais presentes nos eletroeletrônicos. São diversas etapas que por densidade de cada elemento facilitam o processo de reaproveitamento e destinação final específica para a matéria-prima extraída.
A tecnologia para fazer a reutilização dos metais preciosos presentes, ainda que em pequena quantidade, nos eletroeletrônicos ainda não foi implementada no Brasil. Por isso, as recicladoras fazem a trituração de placas e as exportam para empresas que europeias as reutilizem em outras indústrias, como por exemplo as de jóias.
Destinação final
Com as matérias-primas separadas e trituradas é a hora de levá-las para as indústrias que vão produzir novas mercadorias, que variam desde novos eletroeletrônicos até assoalhos e cimento.
Desta forma, as empresas podem diminuir a extração de recursos naturais e preservar o nosso planeta ao mesmo tempo que garantem uma fonte inesgotável de matérias-primas.
Foi sancionada em 2010 a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS, lei nº 12.305/10), instrumento legal que prevê a regulação da administração nacional de todos os tipos de lixo (doméstico, industrial, eletrônico etc), exigindo que os resíduos sejam descartados de maneira ambientalmente responsável. Dentre os princípios e objetivos da Política, constam:
Mas a PNRS, ainda que muito completa, carecia de diretrizes que atendessem especificamente às demandas ambientais do lixo eletrônico. Então, foi assinado pelo Governo Federal, em novembro de 2019, o Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos — transformado no Decreto Nº 10.240 em fevereiro de 2020.
O documento apresenta metas para fabricantes, distribuidores, importadores e varejo de eletroeletrônicos no que diz respeito à reciclagem de equipamentos consumidos por pessoa física e que, por algum motivo, já não oferecem mais utilidade ao consumidor.
São contemplados pelo Acordo apenas os aparelhos de uso domiciliar, como computadores, celulares, liquidificadores etc. O documento exige que, até 2021, empresas implementem um sistema de logística reversa, individual ou coletivo, – ou seja, criem uma rede de reciclagem de seus produtos, permitindo que o consumidor descarte seus equipamentos usados, realizem o manejo desses materiais e o encaminhem para uma recicladora homologada – que garanta a destinação correta dos materiais com rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Começaram em 2021 as metas de recolhimento e reciclagem, tendo como referência o volume em peso de todos os produtos eletroeletrônicos comercializados no Brasil no ano de 2018. O objetivo é simples: aumentar o montante encaminhado para reciclagem anualmente. Assim, em 2025, 17% desses resíduos deverão ser reciclados.
Além da meta de recolhimento e reciclagem, o Acordo prevê também que, até 2025, todos os municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes devem ter Pontos de Entrega Voluntária em locais de fácil acesso da população, como lojas, shopping centers, praças e instituições de ensino.
Estima-se que cerca de 5 mil coletores estarão disponíveis no Brasil após esse período, atendendo a 65% da população. Em 2023, a Green Eletron terminou o ano com coletores em 186 cidades em 27 estados e no DF.
Campanhas de coleta
Para incentivar e estimular a população a descartar seus aparelhos eletrônicos quebrados ou sem utilidade e pilhas que não têm mais uso, a Green Eletron tem realizado diversas campanhas de coleta desses itens.
Entre essas campanhas, os chamados “drive-thrus sustentáveis” fizeram sucesso e chamaram a atenção por onde aconteceram. A iniciativa inovadora surgiu durante a pandemia de COVID-19 e é realizada até hoje em parceria com associações e entidades de diversos municípios.
A campanha fornece estrutura de drive-thru para que a população realize o descarte correto de eletroeletrônicos e pilhas sem utilidade, de forma segura, com distanciamento social e sem sair de dentro do seu carro, possibilitando a reciclagem dos itens.
As campanhas em formato drive-thru também são importantes porque conseguem chegar em localidades que ainda não possuem um PEV fixo para descarte da Green Eletron, ou acabam sendo um estímulo para quem quer descartar itens grandes como geladeiras, televisores ou microondas.
Para se ter uma ideia, em 2021 e 2022, foram realizadas mais de 200 ações nesse formato em diversos estados brasileiros.
24 Comentários
FRANCISCO EDMAR DE OLIVEIRA JUNIOR
Qual o CNAE deve ser usado por uma empresa que coleta e transporta e armazena esses Resíduos Eletrônicos para comercialização aos fornecedores que fazem a separação e redução.
Green Eletron
Francisco, obrigada pelo interesse! Atualmente no Brasil não existe um CNAE específico para todas estas ações. As empresas têm utilizado CNAEs diferentes, justamente para complementar e habilitar a empresa deles a operar em todas estas pontas. Compartilhamos abaixo os CNAEs mais utilizados pelas empresas que atuam na cadeia da logística reversa de EEE.
49.30-2-02 – Transporte Rodoviário De Carga, Exceto Produtos Perigosos E Mudanças, Intermunicipal, Interestadual E Internacional.
38.31-9-99 – Recuperação De Materiais Metálicos, Exceto Alumínio.
38.31-9-01 – Recuperação De Sucatas De Alumínio.
38.39-4-99 – Recuperação de materiais não especificados anteriormente.
38.32-7-00 – Recuperação de materiais plásticos.
95.12-6-00 – Reparação E Manutenção De Equipamentos De Comunicação.
49.30-2-01 – Transporte Rodoviário De Carga, Exceto Produtos Perigosos E Mudanças, Municipal.
52.11-7-99 – Depósitos De Mercadorias Para Terceiros, Exceto Armazéns Gerais E Guarda-Móveis.
52.50-8-03 – Agenciamento De Cargas, Exceto Para O Transporte Marítimo.
70.20-4-00 – Atividades De Consultoria Em Gestão Empresarial, Exceto Consultoria Técnica Específica.
38.12-2-00 – Coleta De Resíduos Perigosos.
49.30-2-03 – Transporte Rodoviário De Produtos Perigosos.
52.50-8-04 – Organização Logística Do Transporte De Carga.
38.11-4-00 – Coleta De Resíduos Não-Perigosos.
38.22-0-00 – Tratamento E Disposição De Resíduos Perigosos.
38.11-4-00 – Coleta de resíduos não-perigosos.
46.87-7-01 – Comércio atacadista de resíduos de papel e papelão.
46.87-7-03 – Comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicas.
46.87-7-02 – Comércio atacadista de resíduos e sucatas não-metálicos, exceto de papel e papelão.
47.51-2-01 – Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática.
RAFAEL BARROS BARRETO
Caso eu encontre um aparelho celular descartado de forma incorreta, eu posso reforma-lo para revender legalmente?
Green Eletron
Olá, Rafael! Obrigada pelo interesse no tema! Recomendamos este post para você: https://bityli.com/M8rPE
Flavia Nunes Barboza de Morais
O lixo eletrônico que não pode ser reciclado como deve ser o seu descarte?
Green Eletron
Flávia, obrigada pelo seu interesse no assunto! Com pessoas mais informadas e conscientes vamos conseguir alcançar um mundo mais sustentável. Todos os aparelhos elétricos e eletrônicos devem ser descartados de forma correta em Pontos de Entrega Voluntária. As recicladoras que recebem os itens vão avaliar o que pode se tornar matéria-prima novamente e o que não pode ser reciclado tem seu descarte ambientalmente correto. Porém, atualmente, apenas 3% do que é descartado pela população não pode ser reciclado.
Adauto Santos Costa
Como faço para ter uma caixa coletora de lixo eletrônico na minha loja ?
Green Eletron
Adauto, muito obrigada pelo seu interesse em tornar a sua loja em um Ponto de Entrega Voluntária! Você pode preencher esse formulário e alguém do nosso time entrará em contato: http://green.care-br.com/site/cadastro-parceiro
flavia
com liçença, como assim o lixo eletrônico n é perigoso, se ja foi comprovado q ele é prejudicial a saúde por causar problemas respiratórios e problemas ao sistema nervoso? poderia me responder por gentileza
Green Eletron
Flávia, ótima pergunta! Respondemos isso neste conteúdo: https://greeneletron.org.br/blog/o-lixo-eletronico-e-um-residuo-perigoso. Esperamos que seja esclarecedor. Conte conosco!
Fabiano de Souza Silva
Prezado,
Estou iniciando um empreendimento voltado para coleta de resíduos eletrônicos , porém gostaria de informações sobre o mercado dos resíduos eletrônicos coletados e segregados com a separação dos materiais.
Green Eletron
Que bacana, Fabiano! Você tem livre acesso aos conteúdos nesse blog e site, além do nosso canal no Youtube que conta com diversos materiais que podem ajudá-lo. Boa sorte!
Lívia
Olá, estou iniciando uma pesquisa a respeito da reciclagem do “lixo” eletrônico, poderia me dizer ou indicar um lugar onde eu pudesse ter acesso as possibilidades de novos produtos que esse resíduo poderia ser aproveitado? Além dos processos que esse resíduo passa até um novo produto?
Att,
Lívia
Green Eletron
Olá, Lívia. Tudo bem?
Por favor, entre em contato pelo e-mail contato@greeneletron.org.br ou pelo telefone 11 2175-0050 para entendermos melhor este escopo e avaliarmos a possibilidade. Estamos à disposição.
Antonio Carlos Bregensk do Nascimento
Tenho um slidepad cujo único problema é a tela de LCD, que embora defeituosa, permite, ainda, visualizar o que aparece.
O aparelho está em perfeitas condições de uso, ainda em funcionamento, dependendo apenas de uma peça da INDÚSTRIA (a tela de LCD) que não a fabrica mais. Já tentei contato com a indústria, que foi categórica na negativa.
As indústrias, não estariam CONTRIBUINDO com a produção de lixo eletronico quando obrigam o consumidor a jogar no lixo um produto em condições de uso por não produzir peças de reposição que permitiriam uma vida útil maior do aparelho?
Neste caso, como proceder?
Green Eletron
Oi, Antonio! Tudo bem? 🙂
Como entidade gestora para a logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas, a Green Eletron atua no final do ciclo de vida desses produtos, ou seja, se responsabiliza diretamente pela instalação de pontos de coleta, recebimento e encaminhamento ambientalmente correto desses materiais, auxiliando empresas no cumprimento da Lei 12.305/2010 PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Entendemos que alguns produtos eletrônicos podem apresentar um ciclo de vida menor, em processo de obsolescência ou substituição mais rápida de tecnologia, que também é impulsionado pelo ritmo de consumo da sociedade. No entanto, a Green Eletron tem pouco a contribuir para esse debate por não fazer parte dessa etapa produtiva. Preocupada com aspectos ambientais de descarte e com as melhores práticas de logística reversa, a gestora reforça, no entanto, a importância do descarte consciente de eletrônicos e pilhas.
Leidyara
Boa tarde.
Muito interessante seu blog.
Estou precisando dar fim, através da reciclagem caixas eletrônicos.
Você fazem esse tipo de trabalho?
Sabem qual instituição possa fazer?
Green Eletron
Olá, Leidyara, agradecemos a sua mensagem. Os caixas eletrônicos são recicláveis, porém, por conta do tamanho, não é possível descartá-los em nosso coletor. Algumas alternativas que você seguir são: Solicitar o orçamento para uma Coleta em Casa, através do nosso site https://greeneletron.org.br/coleta-em-casa, a coleta é realizada pela nossa parceira GM&C (https://gmclog.com.br/). Outra opção é conversar com a prefeitura do seu município e entender se existe algum programa de reciclagem desses equipamentos. Salientamos que a reciclagem de eletroeletrônicos tem particularidades especiais, e não deve ser feita por qualquer pessoa. Por fim, você pode entrar em contato com as fabricantes do equipamento, já que, por lei, elas devem dar algum tipo de destinação para esses equipamentos.
Marcos Antônio do Nascimento
Bom dia vocês recolher lixo eletrônico em residências
Green Eletron
Olá, Marcos! Agradecemos sua mensagem. Para recolhimento em residências você pode solicitar o orçamento para uma Coleta em Casa, no link https://greeneletron.org.br/coleta-em-casa
felipe ferreira de lima
isso foi muito ultio para meu trabalho de pensamento compotacional de 30 pgs isso me fez aprender pelomenos a onde eu jogar meu eletroneco fora valeu até mais conteudo 🙂
Green Eletron
Olá, Felipe! Ficamos felizes em saber que ajudamos você com esse aprendizado.
Andre de Carvalho
Existe para Resíduo Eletrônico uma FDSR- Ficha com Dados de Segurança de Resíduos?
Green Eletron
Olá, Andre. Agradecemos a sua mensagem. Acesse https://greeneletron.org.br/sobre e confira o estatuto completo sobre a atuação da Green Eletron.